*Elizabeth *
Minha mãe voltou e nos chamou.
— Vamos filha! O doutor te espera na sala dele!
Fomos até a sala aonde o Doutor Nicolas nos aguardava, ainda bem que era perto da recepção e não tive que andar muito.
O Justin não se separou da gente, foi conosco até a sala e nem legou pros olhares nos rondando.
— Então, Elizabeth! Melhorou...? — ele que havia colocado as faixas na 1ª vez.
— Err... na verdade doutor, infelizmente piorou.
— Hm.. vejamos, o que aconteceu? — ele começou a folhear os papéis que era minha ficha — hãn, mocinho... você pode ajudá-la à sentar na cama, por favor?
Ele olhou pro Justin e ele respondeu “claro” e me ajudou, como o doutor pediu.
Depois ele ficou lá, do meu lado segurando minha mão; e meu coração palpitava por isso.
Minha mãe começou a falar.
— Ela tentou andar, duas vezes!! E claro, a dor piorou.
— Ok, vamos lá.
O doutor se levantou e veio em direção à cama, Justin teve que me soltar e ficou ao lado do meu irmãozinho, que não expressava emoção com o olhar perdido.
— Deite-se, por favor. — me deitei com a ajuda dele — eu vou tirar as faixas, pra ver como está aqui, então talvez você sinta um pequeno deslocamento no tornozelo.
Eu fiz uma cara de quem não gostou muito da idéia, e eu não gostei. Eu realmente senti esse pequeno deslocamento e soltei um gemido por causa da dor.
— Tudo bem... é, saiu de novo do lugar, eu acho. Tenho quase certeza, mas pra garantir, tire uns RAIOS-X e depois voltem, ok?
Graças a Deus, me trouxeram uma cadeira de rodas e foi muito melhor. Minha mãe foi me empurrando e Justin andando de mãos dadas com o Ricardo.
Tiramos o RAIO X e voltamos pro doutor Nicolas.
— Certo... é isso mesmo. Bem, teremos que colocar as faixas de novo e dessa vez não tente andar de jeito nenhum! Se não, talvez não volte pro lugar.
— Pode deixar que agora, vamos prendê-la na cama!! — mamãe disse.
. *Risos*
— Ah, mas Elizabeth, dói muito tipo a dor da 1ª vez, ou piorou? — perguntou o Dr. Nicolas.
— Ah, graças a Deus o senhor perguntou! Piorou, MUITO.
— Hm.. ok. Então só vamos dar um remédio pra ela, pra dor NE e vamos dar na veia, porque vai ser um remédio de ação, 15min depois de ela recebê-lo a dor ameniza bastante, tudo bem?
— Ok doutor, é melhor ser rápido né... — minha mãe.
Eu assenti com a cabeça.
Não gostei muito disso também. Odeio tirar sangue, tomar soro e remédios pela veia, aaah.
Que aflição.
Mas qualquer coisa pra essa maldita dor parar!
Nós fomos para o local onde colocam aquelas agulhas assustadoras no braço das pessoas, como os normais chamariam, a ala de tirar sangue. Chacoalhei a cabeça.
— Elizabeth Haale?! — a enfermeira chamou.
— Eu... — fui manejando a cadeira de rodas até a enfermeira.
— Quer que eu vá filha? — minha mãe sabia que eu odiava fazer essas coisas, claro, ela me levou ao hospital durante minha vida toda. Mas não queria que ela fosse.
— Hãn.. não mãe, obrigada. — ela até me olhou surpresa, era a 1ª vez desde que sou conhecida por Elizabeth Haale, que nego a presença dela na sala de tortura — o Justin poderia vir? Só pra.. sei lá, ser alguém diferente dessa vez? Hahah
Ela deu um sorrisinho e olhou pro Justin, que também sorria, acho que querendo rir. Ele soltou a mão do Ricardo e veio até mim, então fomos até a pequena salinha guiados pela enfermeira.
Me sentei na cadeira ao lado daquele apoio pro braço e os vidrinhos na mesa e o Justin se sentou ao meu lado, já segurando minha mão. Eu acho que eu estava tremendo por dois motivos; a mão dele na minha me deixava completamente bamba, e a agulha na mão da enfermeira também, mas de jeitos completamente diferentes. Um era maravilhoso e o outro uma ameaça a minha vida. Ahahahah, sério.
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